Foxconn, maior fabricante de iPhones, fatura mais com IA do que com smartphones pela 1ª vez
Foxconn deixa os iPhones em segundo plano e aposta na inteligência artificial para liderar o futuro da tecnologia.
Quando pensamos em Foxconn, a primeira imagem que vem à mente é a de linhas intermináveis de montagem de iPhones. Afinal, durante anos, a empresa taiwanesa se tornou sinônimo de smartphones da Apple. Mas 2025 trouxe uma reviravolta surpreendente: pela primeira vez, a Foxconn faturou mais com tecnologia de inteligência artificial do que com os próprios celulares. Um verdadeiro marco na história da empresa, que mostra como até gigantes precisam se reinventar para não ficar para trás.
No segundo trimestre deste ano, os produtos voltados para IA como servidores e equipamentos de computação em nuvem representaram 41% da receita, enquanto os smartphones ficaram em 35%. Para quem acompanhava a empresa, isso é chocante, mas também inspirador. Em 2021, os celulares representavam mais da metade da receita; em apenas quatro anos, a Foxconn conseguiu virar o jogo.
Essa mudança não aconteceu do dia para a noite. Desde 2019, o presidente do concelho, Young Liu, vinha alertando para a necessidade de diversificação. A aposta foi ousada: investir pesado em servidores de IA, semicondutores e veículos elétricos, criando parcerias estratégicas com gigantes como Nvidia, Amazon, Microsoft e Google. O resultado agora é visível: a Foxconn não é mais só uma fábrica de smartphones, mas um ator relevante na tecnologia de ponta.
O que torna essa transformação tão fascinante é que ela vai além dos números. Falar que a receita de IA superou a dos celulares é importante, mas o que realmente impressiona é a visão da empresa. A Foxconn percebeu que o futuro está em tecnologia de alto valor agregado e decidiu apostar nisso. É uma lição clara para o mercado: sobreviver e crescer não depende só de fazer mais do mesmo; é preciso olhar à frente e investir no que continua surgindo.
E não é só uma questão de produtos. A Foxconn também está reorganizando sua presença global para reduzir riscos. Com fábricas no Texas, Wisconsin, Ohio e planos no México, a empresa garante proximidade com grandes clientes e proteção contra flutuações de mercado. Ao mesmo tempo, mantém a eficiência que sempre marcou sua produção de smartphones.
Para consumidores, investidores e profissionais de tecnologia, essa virada histórica envia uma mensagem clara: a Foxconn está pronta para os próximos desafios. O mercado de IA cresce rápido, e quem não acompanhar essa evolução corre o risco de ficar para trás. A empresa, que já foi apenas um símbolo de produção em massa, agora se posiciona como um hub tecnológico global, fornecendo infraestrutura crítica para a nova era digital.
Mais do que números, a história da Foxconn em 2025 é sobre coragem e adaptação. Ela mostra que mesmo empresas consolidadas podem e devem se reinventar. É um lembrete de que o sucesso não vem apenas de manter o que já funciona, mas de enxergar oportunidades, assumir riscos calculados e investir no futuro.
No fim das contas, a Foxconn não está apenas mudando sua receita; está mostrando que a tecnologia é dinâmica e o futuro pertence àqueles que se atrevem a olhar além do presente. Para quem acompanha inovação e negócios, essa virada é um exemplo de visão estratégica e capacidade de transformação que merece ser celebrada.
Fonte: mapaempresariall.com.br