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Publicado: 15 de setembro de 2025 às 16:17

Natura anuncia venda da Avon na América Central como parte de reestruturação estratégica

Movimento faz parte da estratégia de reestruturação da companhia e reacende debate sobre o futuro da marca em mercados internacionais.

O setor de negócios de beleza acaba de adicionar um novo capítulo significativo. A Natura, uma das grandes empresas brasileiras de cosméticos e famosa globalmente por seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação, comunicou um acordo para a venda das atividades da Avon na América Central. A negociação, que inclui nações importantes para a marca, possibilita considerações sobre os caminhos da empresa e o futuro da renomada Avon em diferentes mercados.

A informação surpreendeu muitas pessoas, porém não é totalmente um ato imprevisto. Nos anos recentes, a Natura passou por várias mudanças organizacionais após a compra da Avon em 2020, em um negócio considerado marcante no setor global de cosméticos. A fusão tinha como objetivo combinar duas grandes potências: de um lado, a força da Natura e seu compromisso com a sustentabilidade; do outro, a tradição da Avon e sua notoriedade na vida de milhões de revendedoras e clientes.

Contudo, unir duas culturas tão diferentes e administrar operações ao nível global não é uma tarefa fácil. Desde aquele momento, a Natura tem procurado melhorar suas operações, diminuir despesas e direcionar esforços para áreas tidas como mais relevantes, como a América do Sul e a Europa. A venda das atividades na América Central aparenta fazer parte desse plano de reestruturação.


Para os consumidores e revendedores da área, a principal questão neste momento é: quais serão as alterações? Na realidade, a expectativa é que a marca Avon permaneça ativa, porém sob uma nova gestão que enfrentará o desafio de preservar a notoriedade da marca e o contato direto com os clientes, que sempre foi o destaque da companhia. Certamente, quem nunca ouviu a conhecida expressão "Ding Dong, Avon está ligando"?


Esse fenômeno também revela uma questão mais abrangente que tem ocorrido na indústria de cosméticos e cuidados pessoais: a intensa concorrência. Com o crescimento do comércio eletrônico, o surgimento de novas marcas independentes e a alteração nas preferências dos consumidores que atualmente valorizam produtos mais personalizados, sustentáveis e inovadores, as grandes empresas devem se renovar constantemente para evitar perder mercado.

Um exemplo evidente é o aumento de marcas menores, porém bastante ligadas a tendências específicas, como cosméticos veganos, livres de crueldade e produtos focados em autocuidado. Essa situação exige que empresas internacionais, como Natura e Avon, reconsiderem suas estratégias. A venda da operação pode, assim, ser uma maneira de simplificar processos e concentrar esforços onde a Natura acredita ter melhores oportunidades de crescimento.

É importante destacar que a Avon permanece como uma das marcas mais respeitadas no mundo, possuindo uma trajetória que se estende por cem anos e mantendo um vínculo emocional com milhões de clientes. Apesar da alteração de controle em certos mercados, a marca possui uma relevância que provavelmente não será desconsiderada.

Ao final, essa transação representa mais um avanço na jornada da Natura em sua busca por harmonizar crescimento, sustentabilidade e rentabilidade. Para a América Central, inicia-se um novo capítulo que, se gerido de maneira adequada, pode até rejuvenescer a presença da Avon na área.

Assim, para o consumidor brasileiro que observa à distância, há a percepção de que estamos testemunhando uma mudança no mercado de beleza mundial em tempo real, onde até as marcas mais tradicionais necessitam se renovar para se manterem relevantes na bolsa de produtos do público.

Fonte: mapaempresariall.com.br