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Publicado: 17 de setembro de 2025 às 20:01

Gucci entra em nova era com Francesca Bellettini no comando

Após destituir o antigo CEO, Kering aposta na executiva que transformou a Saint Laurent para recolocar a marca italiana no topo do luxo global.

O mundo da moda adora uma reviravolta, e a mais recente vem diretamente da Gucci, uma das casas de luxo mais influentes do planeta. A Kering, gigante francesa que controla a marca, anunciou a saída do CEO da Gucci e, no mesmo movimento, surpreendeu ao nomear Francesca Bellettini para o comando da grife. Para quem acompanha o universo fashion, essa é uma notícia que mistura expectativa, curiosidade e até um certo suspense: afinal, que rumo a Gucci vai tomar sob a nova liderança?

Para entender a importância dessa decisão, basta lembrar que a Gucci não é apenas uma marca de roupas. Ela é um símbolo cultural, capaz de ditar tendências que saem das passarelas e invadem as ruas, além de movimentar cifras bilionárias todos os anos. Não é exagero dizer que o CEO da Gucci tem em mãos um dos cargos mais poderosos da indústria da moda.

Francesca Bellettini não é uma desconhecida nesse cenário. Muito pelo contrário. Até então, ela era a responsável por transformar a Saint Laurent em uma das marcas mais fortes do grupo Kering. Sob sua gestão, a grife ganhou consistência, aumentou a relevância global e mostrou que é possível ser fiel à identidade da marca sem deixar de inovar. Sua chegada à Gucci, portanto, carrega uma bagagem de credibilidade e de expectativas altíssimas.

Mas por que a mudança agora? A Gucci vinha enfrentando um período de instabilidade nos últimos anos. Apesar de ainda ser uma potência, a marca não conseguiu manter o mesmo fôlego que teve em seus anos de ouro sob a direção criativa de Alessandro Michele, quando seus desfiles extravagantes e cheios de personalidade conquistaram uma nova geração. Com a saída dele, a marca tentou se reinventar, mas os números e a imagem não acompanharam o ritmo esperado.

É aí que entra Bellettini. A executiva italiana tem fama de ser estratégica, disciplinada e visionária. Se na Saint Laurent ela conseguiu equilibrar tradição e modernidade, a expectativa é que faça o mesmo com a Gucci só que em escala ainda maior. A missão não é simples: reconquistar o brilho criativo, aumentar as vendas e, principalmente, reconectar a marca com o público global, que hoje tem cada vez mais opções de luxo concorrentes.

Essa mudança também mostra como o setor da moda de luxo está em constante transformação. Nomes vêm e vão, mas as casas precisam estar sempre atentas às mudanças culturais, sociais e econômicas. O consumidor de hoje não é o mesmo de dez anos atrás. Ele busca propósito, autenticidade e experiências, e a Gucci sabe que não pode viver apenas de seu passado glorioso.

No fim das contas, a chegada de Francesca Bellettini é quase como o início de um novo capítulo de um livro que já tem muitas histórias inesquecíveis. Se ela conseguirá escrever uma era tão marcante quanto as anteriores, só o tempo vai dizer. Mas uma coisa é certa: o mundo da moda está de olho, e cada decisão tomada dentro da Gucci, a partir de agora, será acompanhada de perto por críticos, investidores e, claro, pelos apaixonados por moda.

Talvez o mais interessante seja pensar que, por trás de toda essa movimentação bilionária, existe um mesmo desejo humano: o de se expressar. Moda, no fim das contas, é sobre isso. E, se depender da trajetória de Bellettini, a Gucci tem tudo para voltar a ser não apenas uma marca de luxo, mas também um espelho do espírito do nosso tempo.

Fonte: mapaempresariall.com.br