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Publicado: 24 de setembro de 2025 às 20:00

Os bastidores da inteligência artificial: Como serão os data centers bilionários da criadora do ChatGPT

Estruturas colossais prometem revolucionar a tecnologia e transformar cidades inteiras.

Ao considerar a inteligência artificial, é possível que você visualize algo intangível, quase encantador: você formula uma pergunta e, em poucos segundos, uma resposta aparece. Entretanto, por trás dessa “mágica” há um vasto mundo físico, composto por cabos, servidores e edifícios inteiros que se assemelham a cidades tecnológicas. Nesse contexto, destacam-se os novos data centers bilionários que estão sendo erguidos pela empresa responsável pelo ChatGPT.


Esses centros de dados funcionam como o núcleo vital da inteligência artificial. Eles guardam e analisam grandes volumes de dados, continuamente, durante 24 horas por dia. A distinção é que, neste momento, a quantidade em jogo é significativamente maior: estamos tratando de investimentos na ordem de centenas de bilhões de dólares, além de iniciativas tão ousadas que remetem a cenários de filmes de ficção científica.

Os novos centros de dados não são apenas extensos, são enormes. Visualize edifícios com dimensões equivalentes a múltiplos campos de futebol, repletos de corredores onde milhares de computadores de alta potência operam em harmonia. São dispositivos que têm a capacidade de realizar bilhões de cálculos a cada segundo, com o objetivo de permitir que a inteligência artificial se comunique, aprenda, traduza, produza imagens, redija textos e até assista médicos ou engenheiros em atividades complexas.

Entretanto, não é apenas a magnitude que causa admiração. Esses lugares enfrentam um desafio interessante: o calor. Para que você entenda, cada um desses superprocessadores aquece a tal ponto que, sem sistemas de refrigeração modernos, seria inviável mantê-los operando. Dessa maneira, muitos centros de dados adotam sistemas de refrigeração que utilizam água ou ar frio, o que também provoca discussões acerca do uso de recursos naturais. No final das contas, não é eficaz progredir em tecnologia e, ao mesmo tempo, ameaçar o meio ambiente.


Outro aspecto relevante refere-se à energia. Para operar esses centros, é imprescindível um volume de eletricidade que corresponda ao que alimenta cidades inteiras. Não é uma hipérbole: um único campus de data center pode requerer gigawatts de energia. Assim, existe uma busca para ligar essas áreas a fontes de energia limpa, como a solar, a eólica e até a nuclear. A finalidade é assegurar que a inteligência artificial se desenvolva sem aumentar as emissões de carbono.

E não considere que o efeito se limita apenas à tecnologia. Cidades que acolhem essas grandes empresas de tecnologia passam por mudanças significativas. De maneira inesperada, áreas que anteriormente eram consideradas rurais começam a receber reconhecimento global. Milhares de empregos são criados na construção, manutenção e operação, além de surgirem oportunidades em hotéis, restaurantes, transporte e outros serviços que prosperam junto há data center. Para os habitantes da região, é como se um fragmento do futuro tivesse chegado diretamente ao seu espaço residencial.

Sob uma perspectiva prática, para nós, os usuários, esses investimentos representam uma única ideia: experiências mais ágeis e eficazes com a inteligência artificial. Quanto maior a infraestrutura, maior será a capacidade da IA de aprender, responder de maneira detalhada, compreender contextos extensos e até executar tarefas que atualmente parecem restritas. É similar a substituir um carro comum por uma coleção de foguetes, de repente, as fronteiras do que pode ser realizado se ampliam.

É interessante refletir que, enquanto interagimos de maneira casual com uma inteligência artificial, existem extensas redes de cabos, pesadas máquinas e enormes investimentos financeiros que sustentam cada uma das respostas fornecidas. Esses novos centros de dados representam, de certa forma, o “mundo real” que sustenta o mundo digital.

A mensagem é evidente: se a inteligência artificial está aqui para permanecer, é necessário que ela tenha um espaço adequado. Uma residência construída com concreto, aço, recursos energéticos e considerável investimento. Ao final, essas grandes empresas de tecnologia não são apenas edifícios; elas representam a base do futuro digital que estamos construindo em conjunto, passo a passo, diálogo após diálogo.


Fonte: mapaempresariall.com.br