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Publicado: 31 de outubro de 2025 às 14:40

TerraMares: A Startup Gaúcha que Transforma Microalgas em Soluções Sustentáveis para Agro e Indústria

Fundada em 2019 por oceanógrafos da FURG, a TerraMares desenvolve bioinsumos à base de microalgas nativas para agricultura regenerativa, capturando carbono e elevando produtividade em até 30%.

A TerraMares, startup gaúcha especializada em biotecnologia de microalgas, emerge como pioneira na inovação sustentável para o agronegócio brasileiro, transformando organismos microscópicos em bioinsumos que regeneram solos, capturam carbono e impulsionam a produtividade agrícola. Fundada em 2019 por profissionais de oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), a empresa coleta, cultiva e converte microalgas e cianobactérias em soluções de alto valor para agricultura, cosméticos e projetos de descarbonização. Acelerada pelo Programa Inova Amazônia do Sebrae em Rondônia, a TerraMares participa da Rota Inovadora ANPEI Rio 2023, evento que conecta startups a grandes indústrias, visando escalar sua produção e atrair investimentos. Com unidades no Rio Grande do Sul e na Amazônia, a startup combate desafios como baixa fertilidade de solos e pragas, promovendo uma agro mais resiliente e ecológica, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

A inovação da TerraMares reside na adaptação de microalgas nativas ao contexto brasileiro, oferecendo alternativas viáveis a fertilizantes químicos e pesticidas sintéticos.

Origem e Missão: De Oceanógrafos a Inovadores Agro

Nascida da expertise em oceanografia da FURG, a TerraMares surgiu para explorar o potencial das microalgas – organismos unicelulares que fotossintetizam 10 vezes mais eficientemente que árvores – na solução de problemas ambientais e agrícolas. Fundadores como Dágon Ribeiro, biólogo, e Sérgio Raposo, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste, identificaram oportunidades na biorrefinaria, onde resíduos viram produtos valiosos.

  • Fundação: 2019, em Rio Grande (RS), com expansão para Amazônia.
  • Missão: Transformar biodiversidade em bioinsumos sustentáveis, combatendo desertificação e emissões.
  • Apoio Inicial: Aceleração Inova Amazônia (Sebrae), conectando a ANPEI.

Rangel Miranda, gestor do programa, elogia: "O apoio do Sebrae é vital para startups como a TerraMares participarem de eventos globais e escalarem impacto."

Foto: Cultivo de microalgas na unidade amazônica da TerraMares - Arquivo Sebrae

Inovações: Bioinsumos e Descarbonização no Agro

A TerraMares desenvolve biofertilizantes que substituem ureia sintética, reduzindo emissões de N2O em 80% e elevando produtividade em 30%. Seus bioprodutos combatem pragas naturalmente, incluindo cosméticos e alimentos funcionais.

  • Bioinsumos: Microalgas para adubação sustentável; +20% rendimento em soja e milho.
  • Descarbonização: Captura de CO2 via fotossíntese; projetos para indústrias.
  • Aplicações: Agricultura regenerativa; cosméticos; nutrição animal.

Sérgio Raposo, da Embrapa, colabora: "Microalgas abrem caminhos para agro sustentável, integrando dados e genética para reduzir impactos ambientais."

 

ProdutoBenefício PrincipalImpacto Ambiental
Biofertilizante+30% produtividade-80% N2O emissões
BiopesticidaControle natural pragasZero resíduos tóxicos
BioalimentoNutrição rica ômega-3Captura CO2 sustentável

Desafios e Crescimento: Da Startup à Escala Global

Desafios incluem escalabilidade e certificação, mas a TerraMares superou com parcerias como Embrapii e ANPEI. Participação na Rota Inovadora Rio 2023 busca match com indústrias e US$ 2 milhões em investimentos.

  • Desafios:
    • Escala: De laboratório para produção em massa.
    • Mercado: Concorrência com químicos baratos.
    • Apoio: Aceleração Sebrae + FURG.

Miranda: "A TerraMares exemplifica como startups da bioeconomia geram impacto regional e global."

Perspectivas: Agro Verde e Inovação na Amazônia

Com unidades no RS e Amazônia, a empresa visa R$ 10 milhões em faturamento em 2026, expandindo para África. Apoio do Sebrae impulsiona sustentabilidade, alinhando ao ODS 2 e 13.

Dágon Ribeiro: "Transformamos biodiversidade em inovação, promovendo agro inclusivo e de baixo carbono."