Argentina Mobiliza Tropas na Fronteira com SC Após Megaoperação no Rio: Medo de
O governo argentino enviou entre 150 e 200 soldados à fronteira com Santa Catarina, em Bernardo de Irigoyen (Misiones), após a operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos em 28 de outubro de 2025
A Argentina mobilizou entre 150 e 200 soldados para reforçar a segurança na fronteira com Santa Catarina, em Bernardo de Irigoyen (província de Misiones), como resposta direta à megaoperação policial no Rio de Janeiro que resultou em 121 mortes em 28 de outubro de 2025. A ação, equipada com radares, drones, helicópteros e sistemas de comunicação avançados, opera em conjunto com forças federais e provinciais argentinas, visando prevenir qualquer "desmobilização" de criminosos brasileiros que possam fugir para o país vizinho. A medida, anunciada pela ministra da Segurança Patricia Bullrich, surge em um contexto de tensão regional, com o Paraguai também intensificando policiamento em suas fronteiras. No Brasil, autoridades federais e estaduais monitoram a situação, mas não emitiram reações formais imediatas, enquanto a operação no Rio continua sob escrutínio por sua letalidade recorde contra o Comando Vermelho (CV).
A mobilização argentina reflete preocupações com o spillover de violência urbana brasileira, especialmente após a operação que mobilizou 2.500 agentes e apreendeu 118 armas, mas deixou 74 corpos resgatados por moradores em uma mata próxima.
Detalhes da Mobilização Argentina e Contexto Regional
A operação argentina, iniciada em 29 de outubro de 2025, posiciona tropas na fronteira leste do Brasil, onde Misiones faz divisa com o sul de Santa Catarina. Equipamentos incluem drones para vigilância aérea e helicópteros para patrulhas rápidas, apoiando forças locais. Bullrich justificou: "Estamos reforçando as fronteiras para proteger os argentinos de qualquer 'desmobilização' que possa ser gerada pelos conflitos no Rio de Janeiro."
- Escala: 150-200 soldados; integração com polícias provincial e federal.
- Equipamentos: Radares, drones, helicópteros e comunicações seguras.
- Objetivo: Prevenir entrada de criminosos em fuga; monitoramento 24h.
O Paraguai, vizinho ao sul, ordenou reforço imediato em departamentos fronteiriços, com presidente Santiago Peña alertando para "ameaças transfronteiriças."
| País | Mobilização | Justificativa |
|---|---|---|
| Argentina | 150-200 soldados | Proteção contra "desmobilização" de RJ |
| Paraguai | Reforço policiamento fronteiriço | Prevenção de fugas criminosas |
Foto: Fronteira Argentina-Brasil em Misiones, com tropas posicionadas - Arquivo NSC Total
Contexto da Operação no Rio e Preocupações Transfronteiriças
A operação Contenção, deflagrada em 28 de outubro de 2025, visava desmantelar a cúpula do CV nos complexos do Alemão e Penha, mobilizando 2.500 agentes e resultando em 113 prisões e apreensão de 118 armas. O saldo de 121 mortes (4 policiais e 117 suspeitos) chocou o país, com moradores resgatando 74 corpos de uma mata na Serra da Misericórdia e levando-os à Praça São Lucas em protesto. A Defensoria Pública estima mais de 130 vítimas, incluindo civis, e pede investigação da OEA.
A fuga potencial de criminosos para fronteiras sul-americanas, via rotas como a BR-101, motivou as reações vizinhas. Argentina e Paraguai temem influxo de traficantes, especialmente após o CV expandir influência para o Sul.
- Operação no Rio: 118 armas apreendidas; 113 prisões; saldo de 121 mortos.
- Riscos Transfronteiriços: Fuga via sul do Brasil; rotas de tráfico de armas.
Reações do Brasil e Tensões Diplomáticas
O governo federal brasileiro, via ministro da Justiça Ricardo Lewandowski, monitora a situação e oferece cooperação bilateral, mas não comentou diretamente as mobilizações. O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), minimizou: "Nossa fronteira é segura; foco na operação interna." Tensões com Argentina incluem disputas históricas por recursos hídricos, mas o comércio bilateral de US$ 10 bilhões anuais (2024) motiva união contra o crime.
Bullrich enfatizou: "Não é hostilidade – é proteção mútua contra o crime organizado."
Implicações: Cooperação Regional ou Escalada de Tensões?
A mobilização pode fortalecer acordos de segurança como o Mercosul, mas críticos veem como sinal de desconfiança mútua. Especialistas preveem cúpula bilateral em novembro, com foco em inteligência compartilhada. Para o Brasil, reforça a necessidade de união federal-estadual, após críticas de Lula à operação no Rio.
O caso expõe vulnerabilidades fronteiriças, com 40% do tráfico de armas vindo do Paraguai (PF 2025).
