Moraes Realiza Audiência com Cláudio Castro Sobre Megaoperação no Rio: Debate Sobre Letalidade e Coordenação Federal
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), conduz audiência com o governador Cláudio Castro (PL-RJ) nesta segunda-feira (03/11/2025) para discutir a megaoperação policial que deixou 121 mortos nos complexos do Alemão e Penha,
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), preside nesta segunda-feira (03/11/2025) uma audiência virtual com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), para esclarecer os detalhes da megaoperação Contenção, realizada em 28 de outubro nos complexos do Alemão e Penha, que resultou em 121 mortes – a mais letal da história da cidade. Marcada para as 14h, a reunião inclui o procurador-geral de Justiça do RJ, Luciano Mattos, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e representantes do MPF, visando avaliar a proporcionalidade da ação, violações de direitos humanos e a necessidade de coordenação federal. Moraes, relator de inquéritos sobre milícias e crime organizado, cobra explicações sobre o planejamento, que mobilizou 2.500 agentes contra o Comando Vermelho (CV), mas gerou acusações de chacina e resgates de 74 corpos por moradores. Castro defende a operação como "rigorosa e legal", com 113 prisões e 93 fuzis apreendidos, mas o encontro expõe tensões entre Judiciário, Executivo estadual e federal, após críticas de Lula por "falta de comunicação" e de Haddad por inação contra financiadores do crime.
A audiência, determinada por Moraes em 30/10/2025, busca transparência em um caso que chocou o país e reacendeu debates sobre letalidade policial, com a Defensoria Pública estimando mais de 130 vítimas e pedindo investigação internacional.
O Que Será Discutido: Letalidade, Planejamento e Coordenação
Moraes questionará o planejamento da operação, considerada "irrazoável" pela PF, que recusou participação por competência estadual. Temas incluem:
- Proporcionalidade: 121 mortes em 12 horas; 74 corpos resgatados por moradores na Serra da Misericórdia.
- Violações: Denúncias de execuções e falta de socorro; 200 relatos à Defensoria.
- Coordenação Federal: Oferta de presídios, Força Nacional e apoio forense por Lula; críticas por ausência de aviso prévio.
Castro levará dados de "sucesso": 113 prisões, incluindo "Belão", e transferências federais. Ele defende: "Ação dentro da lei contra o terror do CV."
| Participante | Papel | Posição Esperada |
|---|---|---|
| Alexandre de Moraes | Relator STF | Questionar letalidade e planejamento |
| Cláudio Castro | Governador RJ | Defesa da operação como necessária |
| Luciano Mattos | PG multidão PGJ-RJ | Relato de investigações MP |
| Andrei Rodrigues | DG PF | Crítica a "irrazoabilidade" do plano |
Foto: Cláudio Castro em coletiva sobre a operação - Arquivo CNN Brasil
Contexto da Operação e Críticas Federais
A Contenção, baseada em denúncia anônima sobre reunião do CV, mobilizou PM, PC e UPP, resultando em confrontos intensos. Saldo: 121 mortos (4 policiais, 117 suspeitos), 15 feridos e 118 armas apreendidas. Moradores relataram "guerra", resgatando corpos e denunciando execuções.
Lula, "estarrecido", ofereceu apoio em 29/10, mas Haddad criticou inação contra contrabando de combustíveis. Reunião Castro-Lula em 29/10 discutiu GLO, rejeitada como "excepcional".
Reações e Implicações para a Segurança
Castro: "Elevamos padrão contra o crime." Oposição: "Chacina seletiva." PF: Plano "inconsistente." A audiência pode levar a suspensão de operações semelhantes ou PEC da Segurança para integração.
O caso acelera debate congressional, com 55% insatisfeitos com políticas antidrogas (Datafolha 10/2025).
