Meta Impõe Transparência Total em Anúncios no Brasil: Quem Paga e Quem Ganha Agora Será Revelado
A Partir de Dezembro de 2025, Anunciantes Devem Declarar Pagadores e Beneficiários; Medida Visa Combater Desinformação e Aumentar Confiança
A Meta, gigante das redes sociais com Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou nesta segunda-feira (03/11/2025) uma revolução na transparência publicitária no Brasil: a partir de dezembro, todos os anunciantes deverão declarar explicitamente quem financia e quem se beneficia de cada campanha veiculada nas plataformas. A medida, que começa gradualmente com notificações por e-mail e no Gerenciador de Anúncios, visa combater desinformação, manipulação e falta de accountability em um mercado que movimenta bilhões anualmente. "Essa mudança reforça nosso compromisso com práticas seguras e transparentes", afirmou a empresa em comunicado oficial. Os dados serão exibidos na Biblioteca de Anúncios, ferramenta pública já usada para monitorar propagandas políticas, permitindo que qualquer usuário verifique a origem e o beneficiário real. A não conformidade resultará em suspensão imediata de anúncios existentes e bloqueio para novos, com impacto global ou seletivo por país.
A iniciativa precede alterações fiscais em janeiro de 2026, quando impostos como PIS/Cofins e ISS serão embutidos nos preços finais, elevando custos em cerca de 12% – uma combinação que pode redesenhar o mercado publicitário brasileiro.
Como Funciona a Nova Verificação: Passo a Passo para Anunciantes
A Meta notificará anunciantes elegíveis via e-mail e Gerenciador de Anúncios, exigindo preenchimento de campos específicos sobre pagador (quem arca com os custos) e beneficiário (quem ganha com o anúncio, como marcas ou candidatos). O processo, testado em Singapura, Taiwan e Tailândia, é obrigatório para campanhas direcionadas ao Brasil.
- Início: Dezembro de 2025, gradual.
- Prazo: Não especificado, mas descumprimento suspende anúncios.
- Exibição: Dados na Biblioteca de Anúncios, visíveis a todos.
- Plataformas: Facebook, Instagram e WhatsApp.
A empresa enfatiza: "Informações claras fortalecem a confiança dos usuários."
| Etapa | Ação do Anunciante | Consequência de Não Conformidade |
|---|---|---|
| Notificação | Recebe e-mail e alerta no Gerenciador | - |
| Preenchimento | Declara pagador e beneficiário | Suspensão de anúncios existentes |
| Validação | Meta aprova dados | Bloqueio para novas campanhas |
| Publicação | Exibido na Biblioteca | Impacto global ou por país |
Foto: Exemplo de anúncio com novos campos de transparência na Biblioteca de Anúncios - Reprodução Meta
Contexto e Impactos: Transparência Contra Desinformação
A mudança responde a críticas globais sobre manipulação em eleições e fake news, com o Brasil como um dos mercados mais afetados – 70% dos adultos usam redes sociais diariamente (Datafolha 2025). A Biblioteca de Anúncios, lançada em 2019 para políticas, agora abrange todos os tipos, incluindo comerciais. A inclusão de impostos em 2026 (PIS/Cofins + ISS) elevará custos em 12%, forçando anunciantes a otimizar orçamentos.
- Benefícios: Reduz desinformação; empodera usuários.
- Desafios: Pequenos anunciantes podem enfrentar burocracia; grandes marcas ganham com compliance.
Especialistas como Yasmin Curzi, do ITS-Rio, elogiam: "Transparência é essencial em ano pré-eleitoral; evita abusos como em 2018."
Reações e Perspectivas para 2026
Anunciantes celebram clareza, mas agências alertam para custos extras. A Meta planeja webinars para orientação. Para 2026, com eleições municipais, a medida pode coibir caixa 2 digital.
A Meta reforça: "Práticas seguras para um ecossistema saudável."
