CPI do INSS: Oposição realiza ofensiva no Congresso com investigação sobre fraudes e rombo bilionário

Parlamentares querem apurar concessões irregulares de benefícios e suspeitas de corrupção dentro do Instituto Nacional do Seguro Social

A oposição ao governo federal intensificou sua atuação no Congresso Nacional ao protocolar nesta semana o pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS. A proposta visa investigar possíveis irregularidades na concessão de benefícios previdenciários e o impacto financeiro desses supostos desvios nos cofres públicos.

A iniciativa ganhou força após denúncias de fraudes em aposentadorias, pensões e auxílios-doença, que teriam provocado um rombo de bilhões de reais na Previdência Social. Os parlamentares autores do pedido alegam que há indícios de uma “estrutura paralela” operando dentro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), favorecendo grupos específicos e burlando os sistemas de controle.

Segundo o deputado que lidera o requerimento, a CPI será fundamental para “trazer transparência e responsabilizar os envolvidos”, além de propor soluções para modernizar os sistemas de análise e concessão de benefícios.

O governo, por sua vez, vê a CPI como uma movimentação política e afirma que tem adotado medidas para combater fraudes, incluindo o cruzamento de dados com outras bases públicas e o uso de inteligência artificial na análise de processos.

Caso instalada, a comissão terá prazo inicial de 120 dias para ouvir testemunhas, analisar documentos e propor encaminhamentos legais. A expectativa é que a CPI possa também lançar luz sobre o déficit da Previdência, um dos temas mais sensíveis da política fiscal brasileira.

A ofensiva da oposição ocorre em um momento de tensão entre o Executivo e o Legislativo, e pode servir de plataforma para críticas mais amplas à condução da política social do governo atual.