Milagre em meio à tragédia: único sobrevivente do voo da Air India com 279 mortos comove o mundo

Em um dos maiores desastres aéreos da história da Índia, um passageiro é resgatado com vida entre os escombros do voo AI 171. Sobrevivência é considerada "inexplicável" por especialistas.

O nome que surpreendeu o mundo nesta tragédia foi Vishwash Kumar Ramesh, britânico de origem indiana, 34 anos, que embarcava de Ahmedabad para Londres. Ele ocupava o assento 11A, próximo a uma das saídas de emergência.

Ramesh havia vindo à Índia para visitar a avó hospitalizada e retornava ao Reino Unido, onde atua como engenheiro de software.

Como ele sobreviveu a um acidente com 279 mortos?

De acordo com os socorristas e peritos da aviação civil indiana, Ramesh estava com o cinto de segurança afivelado corretamente no momento do impacto. Um dos fatores que contribuiu para sua sobrevivência foi o rompimento parcial da fuselagem, que lançou a seção do avião onde ele estava para fora da rota de destruição.

“Era como se ele estivesse em uma bolha de proteção. A parte em que ele estava caiu sobre um gramado úmido, reduzindo o impacto”, relatou o comandante de resgate da Força Nacional de Resposta a Desastres.

O resgate aconteceu cerca de 40 minutos após a queda, quando drones térmicos captaram sinais de calor no meio dos destroços.

Estado de saúde e recuperação

Ramesh sofreu ferimentos moderados, incluindo escoriações, queimaduras de primeiro grau e uma fratura na clavícula. Ele está internado em Nova Délhi, sob cuidados intensivos, mas estável e lúcido.

“Foi o maior susto da minha vida. Não sei por que fui poupado, mas quero honrar a vida dos que se foram”, disse ele em uma curta declaração à imprensa, com voz embargada.

Reações emocionadas ao milagre

O milagre da sobrevivência gerou comoção na Índia e fora dela. O Primeiro-Ministro Narendra Modi chamou o caso de “uma faísca de esperança em uma noite de escuridão nacional”. Nas redes sociais, milhares de pessoas prestaram homenagens com a hashtag #OEscolhidoDoVoo171.

Familiares das vítimas, apesar da dor, disseram encontrar conforto no fato de que pelo menos uma vida foi salva.

O que diz a investigação?

A análise das caixas-pretas do voo AI 171 ainda está em andamento. O capitão do avião chegou a emitir um sinal de socorro (mayday) segundos antes da queda. Entre as hipóteses: falha nos flaps, sobrecarga elétrica e pane mecânica.

Especialistas internacionais acreditam que o relato do sobrevivente poderá ajudar a entender os últimos momentos do voo e auxiliar na melhoria da segurança da aviação.