Sabesp reduz pressão da água à noite para garantir abastecimento na Grande São Paulo
Medida vale das 19h às 5h e busca evitar desperdícios, reduzir perdas na rede e assegurar que a água continue chegando a todos os lares, mesmo que com pequenas mudanças na rotina.
A partir de agora, moradores da Grande São Paulo vão perceber uma mudança na rotina: a Sabesp anunciou que vai reduzir a pressão da água entre 19h e 5h da manhã. A notícia, que pode gerar estranhamento em um primeiro momento, tem uma razão prática e urgente por trás dela economizar água e evitar desperdícios em um período em que o consumo é menor, ajudando a enfrentar os desafios de abastecimento em uma das regiões mais populosas do Brasil.
Para quem mora em apartamentos altos ou em casas que dependem de bombas para puxar a água, a novidade pode trazer algumas preocupações. Afinal, ninguém gosta de abrir a torneira e ver apenas um fiozinho escorrendo. Mas a Sabesp garante que a medida foi pensada para afetar o mínimo possível a vida das pessoas. O objetivo é equilibrar o sistema e garantir que não falte água nos horários de maior demanda, como durante o dia, quando famílias, escolas, hospitais e empresas precisam de abastecimento pleno.
Se a gente parar para pensar, a decisão não deixa de ser um lembrete de como a água é valiosa e de como precisamos cuidar melhor desse recurso. Vivemos em uma cidade gigantesca, onde milhões de pessoas abrem a torneira ao mesmo tempo, lavam roupas, cozinham, tomam banho e realizam atividades simples que dependem desse bem natural. Agora imagine se esse consumo não fosse administrado com cuidado? Basta lembrar das crises hídricas que já enfrentamos em São Paulo para entender a importância de iniciativas assim.
É curioso perceber como medidas coletivas mexem diretamente na nossa rotina individual. Talvez você chegue do trabalho por volta das 20h, cansado, e note a diferença na pressão da água quando for tomar um banho relaxante. Ou talvez perceba que a máquina de lavar demora um pouco mais para encher. Esses pequenos ajustes são a parte visível de uma engrenagem maior, que busca manter a cidade funcionando. É um incômodo? Pode ser. Mas também é um esforço coletivo que, no fim das contas, beneficia todo mundo.
E aqui vale lembrar de algo importante: a redução da pressão não é sinônimo de racionamento. A água continua chegando às casas, apenas com menor intensidade. A diferença está justamente em reduzir perdas no sistema, já que canos antigos e vazamentos são mais comuns quando a pressão é muito alta. Menos pressão significa menos rompimentos de rede e menos desperdício de milhares de litros que nunca chegariam até a torneira de ninguém.
De certa forma, essa mudança também nos convida a refletir sobre nossos próprios hábitos. Quantas vezes deixamos a torneira aberta enquanto escovamos os dentes ou demoramos no banho sem necessidade? Pequenas atitudes, quando multiplicadas por milhões de pessoas, fazem uma enorme diferença. E se cada morador da cidade fizesse a sua parte, talvez medidas mais drásticas nem fossem necessárias.
No fim das contas, a decisão da Sabesp é uma mistura de planejamento técnico com uma chamada de consciência para todos nós. Não se trata apenas de uma mudança no sistema de abastecimento, mas de um sinal de que precisamos olhar com mais cuidado para o jeito como consumimos a água em casa. É aquela velha história: a gente só dá valor quando falta. E ninguém quer reviver os dias difíceis de torneiras secas e caminhões-pipa circulando pela cidade.
Então, se a pressão da água cair um pouco no seu chuveiro à noite, talvez seja a hora de lembrar que esse pequeno desconforto ajuda a garantir que, no dia seguinte, milhares de famílias ainda tenham água limpa para beber, cozinhar e viver. No fundo, é um lembrete de que dividir um recurso tão essencial exige solidariedade porque, quando se trata de água, estamos todos no mesmo barco.
Fonte: mapaempresariall.com.br