Inflação Cai para 0,26% em Maio com Alta na Conta de Luz, Segundo IBGE
Segundo dados do IPCA divulgados pelo IBGE, a energia elétrica foi a principal vilã do mês, mesmo com a desaceleração da inflação no comparativo com abril.
Brasília – A inflação oficial do Brasil mostrou um aumento de 0,26% em maio de 2025, como revelam os números divulgados nesta terça (11) pelo IBGE, através do IPCA. Esse resultado indica um ritmo mais lento em comparação com abril, quando o índice ficou em 0,38%.
Mesmo com essa leve freada nos preços, o que mais pesou no bolso foi a alta nas contas de luz, que subiram 0,94%, sendo o maior impacto isolado no índice geral.
Aumento na Luz Aperta o Orçamento e Impulsiona a Inflação
Essa alta na eletricidade veio de reajustes nas tarifas em várias partes do país, principalmente no Nordeste e Sudeste. A área de “habitação” teve um aumento de 0,67% no mês, sendo o maior responsável entre os nove grupos medidos pelo IPCA.
Além da energia, os preços dos combustíveis (principalmente a gasolina) e de alimentos frescos também deram uma força para cima no índice, embora não tão forte quanto em meses anteriores.
IPCA Acumulado e a Meta de Inflação
Com o resultado de maio, o IPCA já acumula um aumento de 2,27% neste ano e 3,93% nos últimos 12 meses, ficando abaixo do centro da meta de inflação para 2025, que é de 3,0%, com uma margem de 1,5 ponto para mais ou para menos, conforme o CMN.
Esse número dá mais força à ideia de que o Banco Central pode deixar a taxa básica de juros, a Selic, do jeito que está nas próximas reuniões, já que a inflação está sob controle, mas ainda exige atenção.
Queda em Alguns Setores Ajudou a Desacelerar
Alguns setores tiveram queda nos preços e ajudaram a segurar a inflação do mês:
Vestuário: -0,42%
Transporte por aplicativo: -1,20%
Remédios: -0,31%
Essas quedas ajudaram a compensar um pouco os aumentos nos gastos com moradia e alimentação fora de casa.
O Que Espera o Mercado
Especialistas do mercado financeiro acham que o resultado de maio é bom, mas avisam que o câmbio, a política fiscal e eventos climáticos podem trazer novas pressões, afetando os preços dos alimentos e da energia.
A divulgação do IPCA mostra como é importante ficar de olho nos itens que variam muito, como alimentos e combustíveis, além da inflação nos serviços, que continua subindo devagar, mas ainda resiste em cair.